sábado, 17 de agosto de 2013

DESMONTANDO A TRAMA [DA POLÍCIA FEDERAL]


(Continuação)
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"Na primeira gravação não consta a palavra “parte” mas o vocábulo “arte”, além do que entre as duas falas entre mim e meu genro foi cortado um trecho, que era justamente aquele que dava sentido completo às palavras “ideia” e “dinheiro”, na frase composta pela Polícia Federal, adotada pelo Ministério Público e acreditada pelo ministro Cezar Peluso “aquela ideia sua, a...parte em dinheiro, tá?”
 A quebra de continuidade foi feita entre a primeira fala “aquela ideia sua a” e a segunda “arte em dinheiro”, o que demonstra que esse corte teve o deliberado propósito de suprimir algo que não interessava à Polícia Federal e nem ao chefe do Ministério Público Federal.
Depois de oferecida a denúncia, o Supremo Tribunal Federal determinou a “transcrição literal” da emblemática frase que eu teria pronunciado, mas a correspondência não era exata, tendo a palavra “parte” sido substituída por “faz”, ficando assim: “Aqui... aquela ideia sua, a... faz em dinheiro, tá?” e, novamente, as palavras que dariam sentido à frase não aparecem.
Na verdade, o que supôs a Polícia Federal e acreditaram o chefe do Ministério Público Federal e o ministro Cezar Peluso do Supremo Tribunal Federal é que seriam encontradas na minha casa ou na do meu genro “grandes quantidades de dinheiro”, como estava anotado num memorando repassado pelo coordenador da operação no Rio de Janeiro ao delegado federal de Santa Catarina, que este leu para aquele, no celular, na minha presença, quando da busca e apreensão na minha casa; só que nada foi encontrado, em que pese ter sido vistoriado livro por livro, caixa por caixa, canto por canto, em busca do maldito e inexistente dinheiro.
Se houvesse o denunciante, antes de me denunciar, e o ministro relator, antes de mandar me prender, tido o cuidado de ouvir a gravação com o cuidado que as circunstâncias determinavam, teriam constatado a “quebra de continuidade” das gravações, pois são perceptíveis a olho nu."
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURRICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável nas livrarias SARAIVA e também em www.saraiva.com.br , www.estantevirtual.com.br , www.bondfaro.com.br e nas livrarias de todo o País.

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