Por Pedro Canário
(continuação)
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A CARTA
“Rio, 2 de maio de 2011
Caro Romeu: recebi uma informação no final de 2008 por volta do mês de outubro,
dando conta de que a escuta telefônica feita no Supremo Tribunal Federal teria
sido feita por um agente federal lotado na Superintendência do DPF no Rio de
Janeiro, o qual, na ocasião da realização do grampo, estaria cumprindo missão
em Brasília. Essa informação me foi passada pelo presidente do Sindicato dos
Policiais Federais no Rio de Janeiro, o agente Telmo Correia.
Segundo Telmo, após a publicação da
notícia da descoberta da realização da escuta no STF, o agente o procurou na
condição de presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Rio de Janeiro
para pedir aconselhamento, alegando que havia feito a escuta e que estava
apavorado e preocupado, sem saber o que dizer caso fosse descoberto.
Para melhor compreensão, Telmo era um
dos agentes que compunha uma das equipes que trabalhava comigo no aeroporto
Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e deixou escapar essa informação durante uma
conversa informal, quando falávamos da existência de inúmeros valores nos
quadros da PF e Telmo procurava exaltar as qualidades de um dos seus amigos,
com o qual já trabalhara na Delegacia Fazendária e que o procurara recentemente
para expressar sua preocupação e pedir apoio e aconselhamento."
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(continua na próxima semana)
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