"A
história do Furacão é algo tão inusitado, no mundo da criminalidade, que deixa
qualquer pessoa atônita, mesmo que seja um criminalista dos mais qualificados,
porque começou como contrabando e acabou como ilegalidade dos jogos de bingo,
para o que o Ministério Público Federal fez uma tremenda ginástica para
convencer um ministro do Supremo Tribunal Federal, que foi o ministro Cezar
Peluso, seu atual presidente, a autorizar uma investigação contra mim e o
desembargador Ricardo Regueira, por suspeita de corrupção.
Saiba
caro leitor que as decisões que proferi em favor das empresas Betec, da Reel
Token e da Abraplay, pelas quais fui investigado, grampeado e denunciado no
Supremo Tribunal Federal não tinham nada, absolutamente nada, a ver com jogos
de bingo, nem com a sua ilegalidade – porque o que o Ministério Público
Federal, nas diversas ações em que pediu a apreensão das máquinas caça-níqueis,
alegava como fundamento legal do pedido, que elas continham peças
contrabandeadas, e, sendo o contrabando um crime punido pelo Código Penal,
pedia fossem todas apreendidas, para que fosse feita nelas uma perícia para
comprovar realmente terem essas peças sido contrabandeadas. Isso porque, não
havia possibilidade de fazer essas importações pelos meios alfandegários,
porque a sua importação era proibida através da Alfândega."
(continua na próxima semana)
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Trecho do livro OPERAÇÃO HURICANE: UM JUIZ NO OLHO DO FURACÃO (Geração Editorial), encontrável em www.estantevirtual.com.br, www.bondfaro.com.br, nas Livrarias Saraiva (www.saraiva.com.br) e na Livraria Cine-ITAIPAVA (Shopping Estação Itaipava).
NOTA: Na época em que escrevi, CEZAR PELUSO era o então presidente do STF, estando hoje aposentado, embora eu continue no "olho do furacão".
NOTA: Na época em que escrevi, CEZAR PELUSO era o então presidente do STF, estando hoje aposentado, embora eu continue no "olho do furacão".
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