domingo, 22 de julho de 2012

FURACÃO NA "JUSTIÇA EM FOCO" DA TV JUSTIÇA


Editor: Reinaldo Nóbrega
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PERGUNTA:  A sentença dada ao senhor pelo Peluso foi realmente lida e escrita por ele. Ou só assinada?

RESPOSTA: Não foi sentença não; mas uma decisão, mandando me prender provisoriamente e proceder a busca e apreensão na minha residência, na Vice-Presidência do Tribunal, no IPEJ e na casa de Itaipava, em busca de “grandes quantias” em dinheiro, que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal diziam que eu tinha recebido por minhas decisões; mas, felizmente, as minhas decisões foram produto da minha consciência de juiz, e não havia nada que pudesse ser apreendido, porque nada de “grandes quantias” nem “pequenas quantias” foi encontrado. Eu disse que o ministro invocou nessa decisão fundamentos que foram exatamente o oposto ao que aconteceu, pois ele disse que estava decretando a minha prisão, para que eu não interferisse nas buscas de apreensões, e a principal delas, na minha residência, foi feita com a minha presença, indicando onde deveriam ser feitas as buscas; e disse o ministro que estava mandando me prender para que eu não tivesse contato com os demais membros da quadrilha, mas mandou me colocar na carceragem em companhia justamente deles, inclusive de empresários do bingo, aos quais vim a conhecer naquela oportunidade.
Eu vou morrer duvidando que um ministro do STF possa ter feito o que fez comigo e dois outros desembargadores, com base nas provas constantes do inquérito, pois, se tivesse realmente lido com atenção o desenrolar dos fatos e as datas apostas nas interceptações telefônicas e grampos, veria que são um atentado claro e indiscutível contra a verdade do que realmente aconteceu.

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