domingo, 29 de janeiro de 2012

A DIFERENÇA É QUE CARREIRA ALVIM TEVE CORAGEM DE BATER DE FRENTE COM A POLÍCIA FEDERAL E COM A MÍDIA.

(Parte final da entrevista com o prof. Ricardo Molina "Gravação não é prova").


Segundo Molina, para gravar é preciso ter indício concreto do que se quer provar: "E não gravar para ver o que vai acontecer. Aí alguém, algum dia, fala aluma coisa. Isso não é Estado de Direito. A lei diz 15 dias e mais 15 dias. Eles entendem que 15 dias, mas 15, mais 15, mais 15. E ele foi preso por causa das gravações.
Para o perito, hoje, até a próxima perícia da PF "deve concordar que as gravações não são provas, mas serviram para expor o cara de maneira brutal". Apesar da defesa, Molina reconhece que, após a CPI dos Grampos, muita coisa mudou. Mesmo assim, ainda há muitos processos sob suspeita "de que gravaram primeiro e pediram autorização depois, sem indícios concretos que, de repente, aparecem depois.
O caso de Carreira Alvim não difere de outros, segundo Molina. A diferença é que "ele teve a coragem de se expor, de bater de frente com a PF e a mídia. Conheço muita gente que se retraiu e, mesmo conseguindo reverter a situação lá na frente, ficou calada. Carreira fez porque não teve medo. Mas também porque tem cacife".(Jornalista Decio Viotto).


(Publicada no Diário do Comércio de S. Paulo, em 5, 6 e 7 de novembro de 2011). 

NOTA - Na verdade, bati de frente também com o Conselho Nacional de Justiça e com o Supremo Tribunal Federal, citando nomes e dando os endereços, mas até hoje ninguém apareceu para dizer que a minha versão dos fatos está errada. E não apareceram, porque a verdade está no livro, para quem quer realmente a VERDADEIRA VERSÃO DOS FATOS. 

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