domingo, 8 de janeiro de 2012

DEPOIMENTO PRESTADO POR CARREIRA ALVIM, NO RIO DE JANEIRO, MAS QUE O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA NÃO LEU.

O DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (REQUERIDO): (Continuação)
 Vossa Excelência, como juiz criminal, pode começar a analisar: se eu tivesse que encontrar com alguém em assuntos espúrios, eu ia encontrar num restaurante, doutor Abel? Eu mandava ir a minha casa, onde não tinha ninguém. Eu não ia encontrar com ninguém em restaurante, em praia, nesses lugares. Mesmo porque eu conheço a Polícia Federal, conheço a história. Fui da instituição Ministério Público. Eu conheço isso. Eu não iria me expor. Fui porque não tinha nada. E fui. Nunca vi, na minha vida, um almoço mais indigesto do que esse.
O Júnior passou lá em casa, me pegou  e nós fomos. Não me lembro nem se, quando cheguei lá, o Castellar Guimarães já estava ou se ele chegou depois. (...)
Aí chegamos e sentamos. Duas pessoas que chegaram, eu não sabia quem era quem ali. O Castellar e o Júnior eu conhecia. Eram duas pessoas que eu conhecia nesse almoço: o Castellar era meu conhecido, e Júnior, meu genro.
Eu lembro, segundo o que a minha memória me diz: porque é aquilo que digo: a memória só se lembra de fatos que aconteceram quarenta anos atrás, e, às vezes, não se lembra de ato que aconteceu ontem, que nós nos sentamos. Tinha chegado um rupo e, quando chegaram outras pessoas, eu não sei quem -- porque nunca guardei nome: "Esse aqui é Fulano", "Esse aqui é Sicrano". "Muito prazer". Foi isso que eu disse para Vossa Excelência, que já fui apresentado para aluno nosso quatro vezes; na quarta vez, ele disse: "Professor, desculpe-me, mas já fui apresentado para o senhor três vezes". O gerente chegou par mim e falou para o Castellar Guimarães: "Vamos passar para uma mesa mais adequada". E nos levou para uma mesa mais no fundo. Depois disso...
(Continua na próxima semana).

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